APRENDENDO COM OS SERES OSCILANTES
E será que todos nós não somos?
Estava eu aqui pensando sobre esses que mudam um tanto de ideia. Há uma percepção de que são pessoas que geralmente não sabem o que querem, o que vou chamar aqui de seres oscilantes. Pois eu compreendo de outra maneira, a questão com os indecisos é que eles sabem que existem muitas possibilidades dentro de uma ou várias questões.
Quero dizer, se você é um desses, você sabe que os caminhos se encruzam e não seguem por uma linearidade. Você sente que a vida é multiversa, e plural, o que por conseguinte lhe coloca à frente dos muros das escolhas, porque tudo ao mesmo tempo não dá, não é?
Veja bem, tenho pensado também sobre o que seria o tempo, e como o que diz respeito a destino no coloca em posição de impasses interno. Mas, depois falamos sobre isso.
Falemos sobre os oscilantes
A vida é plural, certo? E alguma vozinha lá no fundo de fala sobre como é preciso escolher entre uma coisa ou outra porque as duas não se integram.
Infelizmente, nós fomos condicionados a um conceito rígido sobre as movimentações que fazemos em nossa vida, ou que deveríamos fazer. É tudo sobre um lado ou outro, sem levar em conta que dentro desse processo a gente pode ser pego de surpresa, mudar de ideia, e por aí vai. Logo, o que há de errado nisso, se nada nos é certo?
E cá estou eu em defesa dos indecisos, não vejo que o são, aliás, essas pessoas sabem exatamente o que querem, maaaas temos um caixote enorme e pesado que nos limita, um muro social e estereotipado sobre estabilidade.
Daí é tão importante a concepção de rompimento com a binaridade, estabilidade, e certezas.
Então, o indeciso sabe do incerto, e por isso, reflete e flui sobre eles..
Indecisos, todos somos ou seremos em algum momento.
O que nos falta é coragem para abraçar toda essa mutabilidade sem estabelecer vínculos tão concretos com os pormenores, porque tudo há de ser, assim como não será, o que passa, passa.
E que bom!
me acompanhe nas redes sociais Pamela Ribeiro — @abruxapreta